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Dia 38
O Desejado de Todas as Nações
Capítulo 12 - A Tentação - Parte 3
A Tentação
Satanás apontara o pecado de Adão como prova de que a lei de Deus era injusta, e não podia ser obedecida. Cristo devia redimir, em nossa humanidade, a falha de Adão. Quando este fora vencido pelo tentador, entretanto, não tinha sobre si nenhum dos efeitos do pecado. Encontrava-se na pujança da perfeita varonilidade, possuindo o pleno vigor da mente e do corpo. Achava-se circundado das glórias do Éden, e em comunicação diária com seres celestiais. Não assim quanto a Jesus, quando penetrou no deserto para medir-Se com Satanás. Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação.
Pretendem muitos que era impossível Cristo ser vencido pela tentação. Neste caso, não teria sido colocado na posição de Adão; não poderia haver obtido a vitória que aquele deixara de ganhar. Se tivéssemos, em certo sentido, um mais probante conflito do que teve Cristo, então Ele não estaria habilitado para nos socorrer. Mas nosso Salvador Se revestiu da humanidade com todas as contingências da mesma. Tomou a natureza do homem com a possibilidade de ceder à tentação. Não temos que suportar coisa nenhuma que Ele não tenha sofrido.
Para Cristo, como para o santo par no Éden, foi o apetite o terreno da primeira grande tentação. Exatamente onde começara a ruína, deveria começar a obra de nossa redenção. Como, pela condescendência com o apetite, caíra Adão, assim, pela negação do mesmo, devia Cristo vencer. "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; e, chegando-se a Ele o tentador, disse: Se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus". Mat. 4:2-4.
Do tempo de Adão ao de Cristo, a condescendência própria havia aumentado o poder dos apetites e paixões, tendo eles domínio quase ilimitado. Os homens se haviam aviltado e ficado doentes, sendo-lhes, de si mesmos, impossível vencer. Cristo venceu em favor do homem, pela resistência à severíssima prova. Exercitou, por amor de nós, um autodomínio mais forte que a fome e a morte. E nessa vitória estavam envolvidos outros resultados que entram em todos os nossos conflitos com o poder das trevas.
Quando Jesus chegou ao deserto, estava rodeado da glória do Pai. Absorto em comunhão com Deus, foi erguido acima da fraqueza humana. Mas a glória afastou-se, e Ele foi deixado a lutar com a tentação. Ela O apertava a todo instante. Sua natureza humana recuava do conflito que O aguardava. Durante quarenta dias, jejuou e orou. Fraco e emagrecido pela fome, macilento e extenuado pela angústia mental, "o Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens". Isa. 52:14. Era então a oportunidade de Satanás. Julgou poder agora vencer a Cristo.
Eis que foi ter com o Salvador, como em resposta a Suas orações, disfarçado num anjo do Céu. Pretendia ter uma missão de Deus, declarar que o jejum de Cristo chegara ao termo. Como Deus enviara um anjo para deter a mão de Abraão de oferecer Isaque, assim, satisfeito com a prontidão de Cristo para entrar na sangrenta vereda, o Pai mandara um anjo para O libertar; era essa a mensagem trazida a Jesus. O Salvador desfalecia de fome, ambicionava o alimento, quando Satanás O assaltou de repente. Apontando para as pedras que juncavam o deserto, e tinham a aparência de pães, disse o tentador: "Se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães." Mat. 4:3.
Conquanto aparecesse como um anjo de luz, essas primeiras palavras traíam-lhe o caráter. "Se Tu és o Filho de Deus". Aí está a insinuação de desconfiança. Desse Jesus ouvidos à sugestão de Satanás, e seria isso uma aceitação da dúvida. O tentador planeja vencer a Cristo pelo mesmo processo tão bem-sucedido quanto à raça humana ao princípio. Com que astúcia se aproximara Satanás de Eva no Éden! "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?" Gên. 3:1. Até aí eram verdadeiras as palavras do tentador; na maneira de as proferir, porém, havia disfarçado desprezo pelas palavras de Deus. Havia encoberta negação, uma dúvida da veracidade divina. Satanás procurara infundir no espírito de Eva a idéia de que Deus não faria aquilo que dissera; que a retenção de tão belo fruto era uma contradição de Seu amor e compaixão para com o homem. Da mesma maneira procura agora o tentador inspirar a Cristo seus próprios sentimentos. "Se Tu és o Filho de Deus." As palavras traduzem a mordacidade de seu espírito. Há no tom de sua voz uma expressão de completa incredulidade. Trataria Deus assim a Seu Filho? Deixá-Lo-ia no deserto com as feras, sem alimento, sem companheiros, sem conforto? Insinua que Deus nunca intentaria que Seu Filho Se achasse em tal condição. "Se Tu és o Filho de Deus", mostra Teu poder, mitigando a fome que Te oprime. Manda que esta pedra se torne em pão.
O Desejado de Todas as Nações, pág. 117, 118 e 119.